quarta-feira, julho 25, 2007

O PIPREM vai de férias


O PIPREM deseja boas Férias cheias de brilho e de cor***

O cantinho da leitura

“Um Livro para Todos os Dias”
Cada manhã traz-nos sempre um dia por estrear, um dia por abrir, um dia por desembrulhar… Mais tarde, quando fazemos o balanço dos dias, encontramos dias para todos os gostos, desde aqueles verdadeiramente memoráveis, aos que passam por nós quase sem darmos por eles. Um livro pelo qual desfilam muitos dias e momentos, capazes de nos transportar através da memória dos nossos próprios dias. Um livro para crianças crescidas e também para adultos que gostam de livros ilustrados. Uma boa ideia para oferecer no Dia do Pai ou da Mãe ou num aniversário de um amigo. Uma edição do Planeta Tangerina, com textos de Isabel Martins e ilustrações de Bernardo Carvalho. Há dias tão grandes que parecem um mês inteiro Há dias que passam num abrir e fechar de olhos.

http://www.guiadafamilia.com

terça-feira, julho 24, 2007

A criança e a linguagem



Nos primeiros anos de vida de uma criança a atenção dos pais relativas ao desenvolvimento do seu bebé centram-se ao nível das capacidades motoras, cognitivas e de comunicação.
Entre os sete e os catorze meses os primeiros passos e as primeiras palavras são, para os pais, sinais indicadores e tranquilizantes de um desenvolvimento de acordo com as suas expectativas.
A aquisição da fala/linguagem desenvolve-se desde o nascimento pela interacção pais/bebé, no qual o contacto e a relação afectiva estabelecida através do tacto, da voz, do olhar, do gesto e do olfacto são extremamente importantes. Estas aquisições são um processo crescente de uma série de aprendizagens ao nível das capacidades de compreensão e expressão da linguagem pelo uso dos sons da fala nas palavras e nas frases.


As fases do desenvolvimento
Durante o desenvolvimento da criança observam-se uma série de comportamentos comunicativos que por si só não se consideram linguísticos e contudo são determinantes no processo de aquisição da linguagem, sendo bastante evidentes logo desde os primeiros meses de vida do bebé:
- Choro
- Sorriso
- Expressões faciais ou corporais de agrado e desagrado
- Olhar (contacto visual)
- A atenção a vozes
- A atenção à música e ao canto
- Reacções a gestos ou expressões do adulto

Durante este desenvolvimento ocorrem também diversas etapas linguísticas que se dividem em duas fases:
A FASE PRÉ-LINGUÍSTICA
Ocorre desde o nascimento até aproximadamente aos 9 meses:
- Até 7/8 semanas: o bebé manifesta as suas necessidades e transmite o seu mal-estar através de gritos e “barulhos”.
- Entre as 8/20 semanas: o bebé começa a produzir sons (lalação) e já começa a repetir sons produzidos pela mãe nas suas brincadeiras.
- A partir do 4º mês: a troca da lalação aumenta e aparecem os sons pr/br e o balbucio repetido pá-pá/bá-bá.


A FASE LINGUÍSTICA
Começa por volta dos 9/12 meses, é marcada pelo aparecimento da 1ª palavra e pelo desaparecimento da lalação
Entre os 12/18 meses:
- Produz um pequeno número de palavras
- Compreende a ordem “não”
Entre os 18/22 meses:
- O vocabulário aumenta entre 20 a 200 palavras
- Surge a palavra-frase (uma palavra pode ter o significado de uma frase: “quéa”- “quero água”-que se pode prolongar até aos 2 anos
- Começa a utilizar a palavra “não”
- Surgem as primeiras frases de duas palavras: “tem xixi”
- Aponta para objectos nomeados
- Compreende perguntas simples: “O papá?”

Entre os 22/27 meses:
- O vocabulário cresce entre 300 a 400 palavras
- Surgem mais frases de duas palavras
- Começam a surgir as primeiras frases de três palavras (ainda imaturas)

Entre os 27/36 meses:
- O vocabulário cresce entre 1000 a 2000 palavras
- Nomeia pelo menos uma cor
- Distingue o tamanho das coisas
- Começa a construir frases cada vez menos imaturas, mais longas e complexas utilizando artigos e algumas formas verbais
- Já relata experiências recentes e descreve acontecimentos simples
- Compreende frases mais complexas, por exemplo de duas ordens:” Põe a colher em cima da mesa e dá a prato”
A partir dos três anos de idade os elementos essenciais da linguagem já estão adquiridos, a partir desta idade a criança vai enriquecer o seu vocabulário e aperfeiçoar a construção gramatical das frases.

ATRASO NA AQUISIÇÃO DA FALA/LINGUAGEM
COMO IDENTIFICAR?
Cada criança tem um ritmo de tempo próprio e diferente de todas as outras, o que para uma pode ser adquirido na altura certa ou um pouco mais cedo, para outra pode ser adquirido um pouco mais tarde, sem que por isso seja considerado um atraso.
Há que respeitar o desenvolvimento de cada criança dando-lhe tempo para as suas aquisições, Contudo desde a nascença podem ocorrer uma série de sinais indicadores de eventuais dificuldades no desenvolvimento da linguagem:
- Fraco contacto visual
- Fraca ou nenhuma reacção aos sons, musica ou canto
- Fraca ou nenhuma reacção aos estímulos ou às interacções dos pais
Ou a partir de determinado momento, os pais poderão começar a aperceber-se de outras dificuldades que prejudiquem tanto a compreensão do discurso da criança como a sua capacidade de expressão.

Existem alguns sinais que poderão alertar os pais para eventuais atrasos no desenvolvimento da fala e/ou linguagem, que podem ser facilmente detectados quando a partir dos três anos ainda se verifique:
- Vocabulário reduzido
- Frases curtas e muito imaturas
- Dificuldade na elaboração de frases e na descrição de acontecimentos recentes
- Discurso infantil: fala “à bebé” (expressões como: o popó, o piupiu, o quáquá, o dói-doi etc)
- Discurso de fraca inteligibilidade
- Alterações na articulação dos sons da fala com demasiadas trocas e omissões
- Dificuldade na compreensão de pedidos, perguntas etc

COMO ACTUAR
Os pais, ao suspeitarem de dificuldades na fala e ou linguagem da sua criança, deverão não só estar atentos para o tipo de dificuldades, como também, avançar no sentido de pedir um esclarecimento mais especifico nesta área. Uma série de medidas podem ser tomadas, nomeadamente:
- Falar com o pediatra da criança
- Recorrer a um terapeuta da fala para a avaliação das capacidades comunicativas e linguísticas da criança
- Encaminhar para a consulta de Otorrinolaringologia (ORL) para o despiste de eventuais dificuldades de audição
- Encaminhar para a consulta de desenvolvimento ou recorrer a um psicólogo para avaliação do desenvolvimento global da criança (por vezes as dificuldades de linguagem estão associadas a atrasos globais de desenvolvimento)
- Estar atenta a programas de rastreio de perturbações da fala e linguagem, desenvolvidos por centros especializados como o programa desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento Infantil – Estimulopraxis, que avança agora com esta nova resposta aos pais.
A avaliação da criança é realizada por terapeutas da fala que se deslocam às escolas e jardins-de-infância no sentido de sensibilizar, prevenir e orientar as famílias e os profissionais de educação.

COMO INTERVIR
Em simultâneo, uma série de estratégias podem e devem ser aplicadas em casa, com os pais e até no jardim-de-infância ou escola, de forma a facilitar e contribuir para o sucesso no desenvolvimento da fala/linguagem da criança:
- Falar muito com ela estabelecendo ao mesmo tempo contacto visual;
- Falar de forma clara e simples utilizando frases curtas
- Nomear frequentemente o nome de objectos da casa, peças de vestuário, partes do corpo, nomes de animais etc.
- Pedir-lhe também para identificar e nomear esses mesmos objectos
- Não corrigir, a criança, todas as vezes que fala mal, em vez disso deve-se repetir aquilo que disse mas de forma correcta
- Cantar
- Contar histórias de forma lúdica e divertida
- Ajudar a criança a verbalizar pedidos, evitando fazer-lhe de imediato aquilo que pede por meio de gestos ou sons
- Procurar não corrigir todos os erros
- Reforçar os esforços com elogios

É IMPORTANTE SABER
Que os pais que falam muito com os seus filhos, que lhes lêem, ensinam canções e que aproveitam uma variedade de situações do dia a dia para a estimulação constante da linguagem, exercem uma forte influência no seu desenvolvimento,
Que a entrada para o jardim-de-infância, o contacto constante com uma série de estímulos verbais que se estabelecem e desenrolam de forma muito natural e espontânea, quer com o educador quer com as outras crianças da sala, promove não só o desenvolvimento das suas capacidades comunicativas e linguísticas, como também, as aquisições fundamentais para o seu desenvolvimento global.
Que aos seis anos de idade, com a entrada para o 1º ano da escola, um atraso no desenvolvimento da linguagem pode dificultar as aprendizagens da leitura e da escrita.
fonte:sapobebe

Para a cama!

Um dos principais problemas que enfrenta a família ao instituir as rotinas clássicas resvala na falta de sentido ou noção do tempo por parte das crianças
As crianças aprendem, pela própria prática, algumas rotinas que as acompanharão durante boa parte da infância, com escassas variantes.
Para conseguir a incorporação destes hábitos é fundamental que os pais dêem pautas claras, já que as instruções contraditórias ou muito variáveis impedem a criança de compreender quando é necessário respeitar as ordens e quando podem solicitar as excepções.
Os pais e as pessoas que cuidam da criança são quem introduz as rotinas, e têm uma influência decisiva na organização infantil. Não obstante, a carência da noção do tempo por parte das crianças pode dificultar a tarefa.


Perdidos no tempo
Os bebés vão aceitando, pouco a pouco, a divisão do seu dia em dois grandes ciclos: o tempo de sono e o tempo de vigília.
Dentro desses ciclos, rapidamente se diferenciam outros dois aspectos: o de satisfação e o de necessidade, geralmente ligados à sensação de uma barriguinha cheia ou vazia.
Para compreender a particular maneira como as crianças vivem a passagem de tempo, é conveniente pensar numa situação semelhante à de um adulto no deserto.
Sem sinais, este viajante imaginário estaria perdido. O espaço que visualiza é aparentemente igual. Há areia e dunas por todo o lado, e o céu tão pouco anuncia limites.
Muitos exploradores que finalmente encontraram a sua saída confessam ter caminhado em círculo sem nenhuma orientação, apesar de gozar da função de todos os sentidos. Assim, como os extraviados no espaço, podemos imaginar as crianças "perdidas no tempo".



Tempos modernos
Hoje em dia, coexistem numa mesma família ritmos e rotinas diferentes. Além disso, a ordem do lar é bem diferente da de algumas décadas atrás.
A mesa servida ao meio-dia em ponto, a hora das crianças irem para a cama, o dia para se cortar o cabelo ou ir fazer visitas, já não existem como algo fixo e tradicionalmente aceite.
Nestes tempos de mudança, algumas rotinas que representavam verdadeiros momentos de união familiar suprimiram-se. A expansão da televisão como uma protagonista mais dentro da vida quotidiana significou uma revolução na ordem comunicativa e na organização familiar.
O programa da família cruzou-se, de imediato, com programas impostos pelo exterior, e muitas rotinas quebraram-se ou desapareceram porque são contrárias aos novos hábitos, agora regidos pelos horários dos programas de televisão.


Fora de tempo
Os pais que trabalham todo o dia conhecem muito bem este sentimento tão especial que mistura a obrigação e o direito de se realizar pessoalmente, com a culpa e a pena por perder o contacto com os filhos.
Pode existir um juízo menos preparado para exercer a autoridade que alguém que se sente assim? Além do mais, as crianças maiores de três anos, embora tenham aprendido os gestos sedutores e os protestos acompanhados por choro, são adversárias difíceis de vencer.
Estes opositores infantis, obstinados, encantadores e irritantes alternadamente, têm nos pais "culpados" insuspeitos aliados.
Interiormente, os adultos justificam a contrariedade das crianças, poderíamos dizer que "lhes dão razão". Os pais sentem, de algum modo, a ânsia por satisfazer os seus próprios desejos: porque não um pouco mais?




Um pouco mais...
O poder paterno e materno dá lugar às permissões especiais, às excepções, e abre a possibilidade tão gratificante de ver o resplendor dos sorrisos dos que são desculpados, e de receber os beijos e abraços dos pequenitos que gozam do indulto.
Nesses momentos, os pais sentem que o tempo para desfrutar dos filhos é breve e que esse espaço de gratidão e prazer não custa realmente nada, apenas uma permissão extra "por esta vez".
No entanto, é importante ter em conta que se as instruções dos pais não são claras ou se contradizem, às crianças tornar-se-á difícil perceber quando é necessário respeitar as ordens e quando podem solicitar as excepções.
Na incerteza própria da evolução somam-se assim as incertezas que fomentam os princípios da educação exageradamente flexíveis. Àquele viajante do deserto que imaginávamos soma-se-lhe um contexto privado de orientação, com sinais confusos, enganadores e imprevisíveis.



Almas em conflito
Muitíssimas acções que os pais realizam para felicitar ou corrigir os filhos são relativamente simples. Em geral, a simplicidade provém da falta de oposição infantil.
À medida que os filhos crescem e a sua personalidade se vai estruturando, os pais encontrarão dificuldades mais ou menos sérias para fazer valer os seus critérios perante eles.
Sabe-se que estas formas de conflito familiar são inevitáveis, já que provêm da particular relação que se estabelece entre pessoas adultas e pessoas em formação.
Muitas vezes dizemos que alguém tem uma personalidade infantil quando pretende obstinadamente realizar os seus desejos sem aceder ao razoável nem aceitar os argumentos dos demais.
Efectivamente, são estas as características que prevalecem durante grande parte da infância: os mais pequenos são ansiosos e intolerantes, carecem de paciência e devem ainda aprender a esperar.

Com opinião própria
Quando têm menos de três anos, as crianças respondem às negativas dos seus pais com espantosas birras e choros ou ofendidos amuos.
Embora estas reacções sejam muito aparatosas, não representam ainda uma conduta incorrigível que faça temer problemas agravados no futuro.
O realmente comovedor e desconcertante para os pais é a atitude das crianças capazes de expressar um argumento e opor-se com uma postura (mais ou menos lógica) às indicações adultas.
Geralmente, qualquer papá ou mamã que com carinho dá uma ordem ao seu filho, sabe resolver um conflito provocado pelas crianças que ainda não raciocinam.
No entanto, aos mesmos pais pode ser complicado opor-se a crianças que expõem o seu modo de ver as coisas.



Decisões democráticas
Se os pais se propuseram conseguir a participação dos pequenitos através de uma educação democrática, as suas metas em comum têm de incluir a compreensão dos processos que conduzem a certas atitudes de rebeldia ou desafio à autoridade ou à sensatez dos mais velhos.
Na realidade, estas condutas respondem tanto à imaturidade infantil como à relação com os pais e com as autoridades da escola.
Ao argumento esgrimido pela criança deverá opor-se outro, neste caso dos adultos. Mas, para que seja aceite pela criança, o argumento do adulto deverá contar com os ingredientes necessários.
Sem estas condições, a questão converter-se-á num diálogo estéril. Diz-se que o que não sabe argumentar grita, e isso é, efectivamente, o que acontece quando aumenta o nível de confrontação e tudo pode terminar na imposição dos pais e a forçada obediência dos filhos.
Isto não seria grave se não fosse porque, muito possivelmente, esta cena desagradável para todos se repetirá uma e outra vez a menos que se quebre o circuito da incompreensão.



Para a cama!
Ao contrário dos adultos, os pequenitos são de rápida recuperação. Nem todas as crianças dormem 8 a 10 horas, e podem estar muito despertas ou muito sonolentas na hora de se levantarem para irem para a escola.
Os mais dorminhocos não têm interesse em despertar apesar dos frequentes chamamentos da mamã, e os truques habituais como pôr música fracassam perante a chamada do sono.
Além do mais, ainda que se levantem obrigados, o rendimento durante a manhã não costuma ser o melhor. Estas situações são um bom exemplo de que as horas dedicadas ao descanso e à recuperação de energia são insuficientes.
Para conseguir um clima que estimule as crianças a ir para a cama, é fundamental que exista pelo menos uma hora antes de enviá-los para dormir um período de calma e baixa dos estímulos.
Devido ao facto de alguns jogos, como os electrónicos e ainda os corporais entre irmãos e pais serem particularmente excitantes para os mais pequenos, deverão evitar-se na hora de ir dormir, o mesmo que o computador e a televisão, já que tão pouco são inocentes quando de estímulos se trata.



O terceiro excluído
Entre os três e os seis anos, em plena etapa do popular "complexo de Édipo", as crianças resistem a deixar os pais sozinhos porque intuem sobre a sua intimidade e desejam interferir.
O papá e a mamã aproveitam para trocar os seus mimos na hora a que estão mais relaxados por terem terminado as suas obrigações diárias, e provavelmente ambos estejam à espera deste momento para estar juntos.
É fundamental para a personalidade das crianças e para a sua integração social que experimentem sobre si mesmas o carinho dos seus pais, mas é igualmente importante que os vejam a trocar gestos de amor entre eles.
Além do mais, pode ser contraproducente pretender que a criança vá dormir justamente a meio destas cenas, porque o sentimento de ser o "terceiro excluído" será mais forte.


Copiar a natureza
A natureza dispôs sabiamente a descida paulatina da luz e os sons quando, ao entardecer, o crepúsculo precede a chegada da noite.
Também o amanhecer é um crescente despertar e não há nada abrupto no repetido ciclo do dia e da noite. Parece que a preparação prévia é necessária tanto para adormecer como para acordar, e o mundo animal e o vegetal ensinam-nos muito se aprendermos a observá-lo.
As crianças também necessitam de receber sinais claros e constantes que indiquem que a actividade está para cessar ou começar. Assim será mais fácil para elas adequar-se às rotinas e convertê-las em hábitos saudáveis.
O relógio biológico humano também necessita destas rotinas para que o organismo consiga adaptações não traumáticas e reservar assim o máximo da energia útil.



A adaptação à mudança
Muitos pais não entendem a enorme diferença que existe entre a capacidade de adaptação dos adultos e das crianças.
Os adultos são capazes de abandonar o computador e preparar-se para ir ao cinema em poucos minutos, ou mudar o programa previsto cancelando um convite ou indo dormir.
As crianças não têm ainda a capacidade para resolver satisfatoriamente as mudanças repentinas. Se estão excitadas por estímulos diversos custa-lhes muito desprender-se deles com tranquilidade e sem mau humor.
Por isso, necessitam de certos passos prévios que lhes anunciem, não só através das palavras mas também de factos visíveis, as coisas que estão para acontecer.
Quando estes sinais prévios mudam a cada dia ou demasiado rápido, os pequenitos experimentam sensações semelhantes às do nosso explorador perdido.
Se as horas para ir dormir ou realizar as refeições principais variam frequentemente, o relógio biológico falhará, a incerteza impedirá a estruturação dos horários e perturbará a personalidade da criança.



As rotinas
As crianças necessitam de receber sinais claros e constantes que indiquem que a actividade está para cessar ou começar.
Assim, será mais fácil para elas adequar-se às rotinas e convertê-las em hábitos saudáveis. Antes que as crianças aprendam a ler o relógio pode-se armar uma esfera simples (de cartolina de diferentes cores) para lhes ensinar as "porções" em que se divide o dia.
Vê-lo graficamente pode fazê-las compreender e aceitar melhor as rotinas quotidianas. Nesse relógio primário marcar-se-ão também os sectores de tolerância, como podem ser os que antecedem o almoço, o jantar e o descanso.



Alguns conselhos para optimizar as mensagens
- As palavras não serão suficientes se não tiverem um suporte real em que as crianças se possam apoiar para entender.
- O ideal é ensiná-las desde pequenas que o dia e a noite foram criados para realizar diferentes actividades.
- É útil explicar-lhes que todos necessitamos de descansar para poder brincar, estudar e estar contentes.
- É oportuno assinalar a conduta dos animais aproveitando as visitas ao jardim zoológico, e explicando que cada um tem os seus tempos para dormir e estar acordado.
- Mediante a observação é possível ensinar as crianças a diferenciar as rotinas dos cachorros e dos seus pais, e permitir-lhes entender que os adultos permanecem despertos muitas vezes, enquanto cuidam dos seus filhos, assim como acontece com a sua própria família.
- Desde muito pequenas as crianças podem compreender a diferença entre a semana e o fim-de-semana (que geralmente têm rotinas muito diferentes), se os pais os habituam a identificar um e outro. Fazer estas distinções favorece a aquisição de rotinas especiais sem criar a ideia de desorganização.


(fonte:bebe.sapo)