sexta-feira, março 02, 2007

DIA MUNDIAL DE SÍNDROME DE DOWN - 21 de MARÇO DE 2007

Vimos por este meio informá-los que a APPT21 - Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21, aderiu à comemoração do Dia Mundial de Síndrome de Down, no dia 21 de Março de 2007. No âmbito desta comemoração, a APPT21 e o seu Centro de Desenvolvimento Infantil DIFERENÇAS, organiza um ENCONTRO DE PAIS DE CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS COM TRISSOMIA 21, nas suas instalações do Centro Comercial da Bela Vista, em Lisboa.

O programa do encontro é o seguinte:
12:00 h Trissomia 21 fetal: uma experiência pessoal Francisca Prieto
12:30 h Sou capaz! Marcelina Souscek
13:00 h Almoço volante
14:00 h Alguns aspectos jurídicos quanto à protecção dos bens e das pessoas com trissomia 21
Isabel Marques Correia
15:00 h Perguntas livres dos pais
16:00 h Encerramento do encontro
ENTRADA LIVRE
Destinatários: pais e familiares de pessoas com Trissomia 21. Confirme já a sua presença através do telefone 21 8394222 ou pelo email geral@appt21.org.pt.

Consulte o programa do encontro em formato pdf. clicando no link http://appt21.org.pt/agenda/programa_dia_mundial

domingo, fevereiro 25, 2007

Encontro Nacional de Familias Apoiadas em Intervenção Precoce

Realizou-se ontem, em Telheiras, o II Encontro Nacional de Familias Apoiadas em Intervenção Precoce. Este encontro teve como principal objectivo mobilizar os pais das crianças que são apoiadas pela Intervenção Precoce, no sentido de fazer um levantamento da actual situação da IP a nível nacional e delinear futuras estratégias para que o serviço não seja extinto pelas actuais decisões politicas.
Todos os presentes, pais e técnicos, saíram da sala profundamente angustiados, pois o que se debateu demonstrou que o futuro da Intervenção Precoce é uma incógnita, e que, actualmente, só em poucas localidades é que se continuam a manter os apoios como está previsto no Despacho Conjunto 891/99, como é o caso dos concelhos abrangidos pelo PIPREM (Reguengos de Monsaraz e Mourão). Noutras localidades, como as do distrito de Lisboa ou outras do Norte do país, aconteceu, com um Despacho Interno do Secretário de Estado da Educação de 30 de Janeiro de 2006, uma reviravolta nas faixas etárias destinadas à Intervenção Precoce e nos apoios prestados pelos docentes de ensino especial, avizinhando-se um modelo no ensino especial, com as ONG's a funcionarem como centro de recursos, que poderá a longo prazo extinguir o modelo da Intervenção Precoce, visto que este tipo de apoio será centrado na escola e não centrado na família.
Mais ainda, ficarão a descoberto todas as crianças que, sem terem uma condição estabelecida (de deficiência), possuam um risco biológico ou um risco ambiental que poderá comprometer o seu desenvolvimento, a curto ou a longo prazo, como é o caso dos riscos de atraso grave do desenvolvimento, o que poderá aumentar no futuro as crianças com incapacidades a vários níveis. Ou seja, deixa-se de intervir precocemente, nas condições que não sejam de risco estabelecido, e passa-se a uma politica de reabilitação centrada exclusivamente na deficiência, com os apoios prestados por uma escola dita de qualidade (pois oferece recursos terapêuticos), e esquecem-se as competências das famílias e a importância do reforço destas para os ganhos desenvolvimentais da criança, voltando-se à visão do saber técnico sobreposto ao saber da família.
Como foi dito no Encontro, o objectivo não deve ser ditar a Intervenção Precoce como modelo único, mas sim trazer a IP à discussão, para que seja criada uma regra comum a nível nacional, e para que as famílias possam ter à disposição, se entenderem que é o melhor para si, o modelo de intervenção em que a IP se baseia. O objectivo é que as famílias futuramente apoiadas pela Intervenção Precoce, e que ainda não têm apoio, pois ainda dele não necessitaram, possam ter opção de escolha.
Penso que o que o Dr. Joaquim Gronita referiu, que no âmbito da Educação Especial têm sido os pais os principais impulsionadores das mudanças , através da mobilização da sociedade civil no sentido de uma pressão sobre o Estado para a criação de respostas para as necessidades específicas da infância e da família, deverá ficar como o mote do Grupo Misto de Pais e Técnicos e todos nós que estamos ligados à Intervenção Precoce devemos, um pouco por todo o país, trazer a IP à discussão, para que esta não seja silenciada sem que a sociedade civil disso dê conta...