sexta-feira, novembro 16, 2007

O Cantinho da Leitura

Os Medos das CriançasMedos, angústias, fobias na criança e no adolescente de Béatrice Copper-Royer

Editor: Caleidoscópio
Sinopse
De uma forma séria a autora aborda os diferentes tipos de medo (terrores nocturnos e pesadelos, o medo do escuro ou dos monstros imaginários, por exemplo), as fobias e as angústias, tanto em crianças pequenas como nos adolescentes. O livro apresenta diversos casos reais com que a autora se deparou na sua prática de consulta psicológica, com o objectivo de se poder distinguir entre um medo considerado “normal” e uma fobia ou um medo patológico.
Excerto da obra“Nem todos os medos são nocivos e invalidantes. Existem alguns que são úteis, ajudando a criança a construir-se e a desenvolver-se harmoniosamente: sem o seu medo, a criança poria a mão no fogo, treparia à varanda, iria com qualquer estranho… No entanto, o medo faz parte das emoções que os pais não gostam de descobrir no seu filho, sobretudo na nossa época em que, adulado, este deve ser “perfeito".

Ajude o seu Filho a Passar do Não ao Sim de Barbara Unell, Jerry Wyckoff

Editor: Verso da Kapa

Sinopse
Os pais encontrarão neste livro formas práticas e simples de fazer com que os filhos passem a dizer SIM mais vezes. Ao compreenderem a razão pela qual as crianças dizem NÃO, os pais passam a saber lidar com as várias situações do dia-a-dia sem necessitarem de estar sempre a ralhar, subornar ou ameaçar. Todos os capítulos contêm dicas úteis destinadas a ajudar os pais sempre que os conflitos surjam. Os capítulos abordam, entre muitas outras, as seguintes situações potencialmente problemáticas: «Não, eu não quero dar a mão!» «Não, eu não quero vestir-me!» «Não, eu não quero comer isto!» «Não, eu não quero emprestar os meus brinquedos!» «Não, eu não quero pentear-me!» «Não, eu não quero ir para a escola!» «Não, eu não quero ir para a cama!» «Não, eu não quero tomar o remédio!» «Este guia é uma ajuda para lidar com as crianças em idade pré-escolar. Os conselhos são claros, sensíveis e extremamente fáceis de seguir.»

http://www.webboom.pt/



Sono: hábitos e xi-corações para o rumo à independência

Hábitos

A maneira como o seu filho adormece é determinante para a forma como ele vai voltar a dormir quando acorda a meio da noite. É importante pensar nisto enquanto está a conhecer o seu novo bebé, mas tenha em mente que não existem regras absolutas ou receitas mágicas sobre o sono dos bebés.

Sobretudo, nenhuma regra serve para todos os bebés. Há bebés que gostam de adormecer ao colo, outros enquanto mamam. O importante é perceber que, por exemplo, se adormecer o seu bebé ao colo, aninhado a si, quando ele acordar a meio da noite e verificar que está sozinho no berço, vai chorar seguramente. Porque não sabe onde está a mãe.

Muito provavelmente, só voltará a dormir se pegar nele ao colo. Alguns especialistas em sono pediátrico como a norte-americana Elisabeth Pantley (ver «Soluções para noites sem choro») aconselham a que se deite o bebé no berço antes que ele durma completamente.

Quer ele adormeça ao colo ou a mamar. «Entenda que esses hábitos bonitos, tranquilos e de amizade são dificílimos de romper, por isso, escolha-os com cuidado», escreve Pantley.


Independência

Quando dormirá sozinho, a noite inteira, sem chamar por ninguém? É a grande questão. Atingir a maturidade do sono é um processo biológico. Elisabeth Pantley sugere que os pais tentem fazer perceber ao bebé que o berço é um lugar seguro e confortável.

Depois podem oferecer-lhe um objecto que transmita segurança e incentivá-lo a dormir com ele. Estabeleça uma rotina diária a e siga-a. Definir hábitos de sono diurnos e nocturnos (diferencie-os claramente), proporcionando momentos agradáveis à hora de dormir vão ajudar a criança a dormir sozinha e a sentir-se segura.

A altura em que esta evolução deverá ter lugar depende de bebé para bebé, de família para família. Não force o seu filho a tornar-se independente se vê que ele ainda não está preparado.
Vá preparando terreno, mas não o apresse. No caso de a criança dormir com os pais, a autonomia pode levar mais algum tempo (meses ou mesmo anos), mas, diz quem já passou por isso, que também é mais suave.

A mudança ocorre quando a criança sente que está preparada e não por imposição. Por essa razão, muitas crianças que dormem com os pais instalam-se definitivamente no seu quarto de um dia para o outro.


Xi-coração

Não tenha medo de estragar o seu filho com mimos. Abraços, beijinhos e festas nunca são demais. As crianças precisam tanto de contacto físico como de pão para a boca. O toque é fundamental quando os bebés acordam a meio da noite. Fazer-lhes uma festa e aconchegá-los carinhosamente dá-lhes segurança e conforto. Tudo o que precisam para voltarem a adormecer tranquilamente.

quarta-feira, novembro 14, 2007

A educação para e na infância

No âmbito das práticas do ensino e educação para a infância, as crianças até aos 6 anos de idade constituem uma faixa etária muito importante, quer devido ao período sensível do processo de maturação biológica por que passam, quer pelo desenvolvimento psicomotor que acontece nesta fase.

Quando a criança alcança os 4 anos de idade já possui cerca de 90% da massa cerebral do adulto. A plasticidade das estruturas cerebrais encontra-se no seu pico nos primeiros anos de vida, evoluindo o cérebro de quantidade para qualidade, ou seja, os circuitos formados por neurónios disponíveis para serem “programados” vão diminuindo, visto que o ser humano está delineado geneticamente para a eliminação de neurónios menos adequados e sinapses.

É assente nesta evidência científica que o PIPREM – Projecto de Intervenção Precoce de Reguengos de Monsaraz e Núcleo de Mourão, com sede na Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz, tem vindo a trabalhar nos seus quase quatro anos de existência, para uma melhor adequação entre as respostas oferecidas pelos meios familiar, educativo e comunitário e as necessidades das crianças dos 0 aos 6 anos de idade dos concelhos de Reguengos de Monsaraz e Mourão, visto que apesar de potenciado organicamente, pouco acontece na criança, em termos de desenvolvimento e aprendizagem, se o meio em que ela se insere não se esforçar por desempenhar um papel activo.

Este trabalho de adequação tem sido feito, essencialmente, de duas formas: por um lado, tem existido uma sensibilização das famílias para a importância de integrar as suas crianças na creche e/ou jardim de infância, visto que estes contextos oferecem, junto de outras crianças, experiências únicas e fundamentais para a aquisição de competências motoras, cognitivas, afectivas, sociais e de relação; por outro lado, os técnicos do PIPREM, frequentemente no domicílio das próprias, têm vindo a capacitar as famílias a responder física, afectiva e educativamente de um modo mais activo, levando-as a perceber o tempo das crianças como um tempo precioso, que não deve ser ignorado, desvalorizado e/ou desperdiçado, sem esquecer que a família é o primeiro espaço de aprendizagem do ser humano, e é com e no seio dela que a criança aprende a andar, falar, brincar, cantar e interagir. Em suma, a pensar o mundo e a pensar-se a si mesma na interacção com o mundo.

Porque quando falamos de desenvolvimento infantil não há tempo a perder, devemos nos esforçar enquanto comunidade para proporcionar espaços e tempos de aprendizagem, na escola, na família e fora delas, estimulantes na diversão, na brincadeira e na novidade, para uma maior e melhor capacidade intelectual, social, afectiva e imaginativa das nossas crianças.

Publicado originalmente no Caderno Especial sobre Educação do Jornal A Palavra de 13 de Novembro de 2007
http://www.portaldereguengos.com

O PIPREM deixa aqui alguns contacto úteis

Número Nacional de Socorro- 112
SOS Grávida- 21 395 21 43
SOS Criança- 21 793 16 17 (Dias úteis)
Intoxicações- 21 795 01 43
Serviço de Informação a Vítimas de Violência Doméstica- 800 20 21 48
Linha de Emergência da Criança Maltratada - 21 343 33 33
Linha Verde Recados da Criança - Recepção e Encaminhamento pelo Provedor de Justiça - 800 20 66 56
Associação para o Planeamento da Família- 21 385 39 93
Saúde 24 (Serviço Orientação Pediatria) - 808 242 400