quarta-feira, março 14, 2007

Acidentes domésticos

do Site Júnior

Por mais atento que se esteja às brincadeiras e traquinices das crianças, é impossível estar em todos os lugares ao mesmo tempo e dois olhos nunca são suficientes. Quando menos se espera o acidente pode acontecer. (Aliás, se fosse possível prevê-los deixariam de se chamar acidentes!)
Claro que não se pretende deixar os pais alarmados: apesar de não se poderem prever, os acidentes podem-se prevenir.
Sabia que as quedas registam o maior índice de acidentes domésticos nas crianças? Ou seja, 54% no total. Em segundo lugar estão os cortes, em terceiro as queimaduras e em quarto as intoxicações.
A prevenção exige cuidados especiais. Os pediatras concordam que "há acidentes impossíveis de prevenir, mas quando uma criança engole um botão ou bebe um detergente já não se trata de uma fatalidade, mas de falta de cuidado".
É preciso que os pais tenham consciência dos perigos que existem dentro das casas: "os arquitectos não projectam os edifícios a pensar em pessoas com apenas 90 cm!".
A cozinha é conhecida como "a zona de perigo" para os pediatras. Esta é a área da casa que tem que estar mais bem protegida contra a curiosidade infantil. Mas outras áreas também precisam de cuidados especiais.
Assim, aqui vão alguns conselhos para ajudar a diminuir as tragédias

Crianças dos 2 aos 6 anos

EM CASA - GERAL- instale grades ou protecções nas janelas a partir do primeiro andar;- instale "portões" nas escadas; - use vidros de segurança nas portas e coloque autocolantes coloridos em portas grandes de vidro;- os tapetes sobre ladrilhos ou chão encerado são extremamente escorregadios, para evitar quedas, cole o tapete ou coloque por baixo algum tipo de material anti-deslizante;- tape as fichas de electricidade com utensílios adequados, para que a criança não apanhe choques.

NA CASA DE BANHO- na banheira, a criança deve estar sempre sobre um tapete de borracha e ter suportes ao seu alcance para não perder o equilíbrio.

NA COZINHA- guarde facas, tesouras e armas ao alcance das crianças; - cuidado com as panelas (ao lume, sempre com o cabo para dentro), o fogão e o ferro de engomar; - quando a criança está na cozinha, mantê-la sempre vigiada; - ensine-lhe os perigos do fogo.

MEDICAMENTOS E PRODUTOS DE LIMPEZA
- só tenha em casa os remédios e produtos tóxicos absolutamente necessários;- mantenha remédios e produtos perigosos fora de visão e do alcance das crianças; - deite fora os restos de remédios e não os tome na frente das crianças (já que tendem a imitar os adultos); - não transfira produtos tóxicos para garrafas de sumos ou líquidos inócuos.

NO ESPAÇO EXTERIOR- nunca deixe a criança sozinha perto de piscinas e lagos.

ANIMAIS- ensine a criança a não acariciar animais estranhos nem a provocá-los;- ensine-a a não acordar um animal que está a dormir ou a aproximar-se deles quando estão a comer; - vacine os animais de casa.

Crianças dos 6 aos 12

A grande maioria das indicações anteriores mantêm-se nesta faixa etária. O bom senso dos pais define o ideal para o seu filho. No entanto, aqui vão outras indicações igualmente importantes para a segurança das crianças:
- usar bicicletas de tamanho apropriado e sempre com equipamento de segurança;- não transportar passageiros na bicicleta;- evitar que a criança ande atrasada, para que não se distraia dos perigos, com a pressa;- ensine a criança a nadar e a nunca entrar em águas perigosas;- ensine a criança a não se armar em valente, em qualquer ocasião que ponha em perigo a sua vida;- novamente, mantenha a educação relativamente aos cães e ao fogo;- no caso da roupa a pegar fogo, ensine-a a deitar-se, a rolar no chão (nunca correr) e a envolver a roupa em chamas com um cobertor;- esconda todas as armas de fogo longe do alcance das crianças e nunca as guarde carregadas!

Noutros casos, quando é impossível conseguir prever o que poderá fazer uma criança pronta a explorar um "novo mundo", o ideal é alertá-lo para os riscos. Se, por um lado, lhes estamos a dar "ideias loucas", também estamos a desenvolver-lhes a noção de perigo.
Para que a criança não ponha imediatamente em prática aquilo que a proibiu, é dever do adulto dar exemplos e explicar à criança, com toda a paciência, o porquê do perigo.
Se os pais apenas proibirem o filho de um acto qualquer, sem lhe dar uma explicação, a probabilidade da criança o pôr em prática é de 100% !
Explique sempre quando e porquê as suas acções lhe são permitidas a si e à criança não. Refira razões de capacidade, idade, segurança, adequação ou responsabilidade.

Sem comentários: