Os sonhos são um dos factores mais angustiantes e mais significativos na vida de uma criança. No entanto, são poucas as famílias (e adultos no geral) que falam com alguma regularidade acerca dos sonhos dos seus filhos e com os seus filhos. Se o fizessem, talvez ficassem admirados, assustados perante os significados para a ocorrência de certos sonhos em determinados momentos.
Os sonhos podem ser tão angustiantes que existem inclusive crianças que têm medo que o dia acabe, medo de dormir. Para estas crianças não há escapatória no sono, este medo vai manter-se até que o factor de ansiedade que sentem na vida real seja resolvido. Os sonhos de uma criança são como um barómetro do seu bem-estar emocional, comunicam o seu nível de stress e dão uma perspectiva do seu turbilhão inconsciente. As causas mais comuns dos sonhos em crianças passam pelo mau ambiente familiar, com a separação/divórcio dos pais, abuso sexual, doenças, sentimentos de isolamento, falta de apoio ou protecção, medo da mudança, medo dos pais, medo dos professores, dos exames/testes, morte, situações traumáticas, stress e ansiedade no geral.Quando recorrentes, transformam-se rapidamente em pesadelos e aumentam a ansiedade e o stress na vida da criança. A maior parte das crianças com quem trabalho, não falam acerca dos seus sonhos/pesadelos e quando finalmente alguém lhes pergunta porque julgam que tiveram aquele sonho, retiram com clareza surpreendente ilações (muito superiores às dos adultos que negam os seus problemas ou são cépticos quanto ao seu significado).
Os sonhos podem ser variados, de acordo com a imaginação de cada criança mas, normalmente reflectem o turbilhão emocional da sua vida em vigília. Podem sonhar com a morte dos pais por terem medo de ficar sozinhas, ou ter sonhos violentos com um dos pais em que a criança se vê impotente para ajudá-lo, decorrentes talvez de um divórcio. Especialmente em casos de divórcio dos pais, ocorrem frequentemente sonhos muito violentos em que a criança se vê a matar animais ou a assistir à morte de um dos pais. É comum também a criança sonhar que é perseguida ou apanhada numa armadilha, temas estes tipicamente associados ao sentimento de vulnerabilidade. Às vezes os sonhos reflectem o que a criança pensa que lhe fizeram, isto é, revelam a cólera disfarçada por causa da situação em que se encontra. Estes sonhos acabam por representar uma maneira segura da criança descarregar sentimentos de destruição, vingança ou rejeição, sem ser castigada ou sem arriscar mais perdas ou, de fazer algo que lhe foi categoricamente proibido como simplesmente chorar…Normalmente os sonhos perturbadores começam com pequenas situações assustadoras, como a criança a ser perseguida por uma minhoca gigante ou ficar sozinha o aumento de pressão em casa, por exemplo a desintegração do casamento dos pais. Os seus sonhos revelam muitas vezes a consciência intuitiva que muitas crianças possuem sobre acontecimentos que se dão no seio da família e que os pais teimam em não revelar pensando estar a proteger a criança (quando possivelmente a estarão a traumatizar).Os sonhos mais perturbadores e angustiantes são normalmente aqueles que envolvem a morte. Explique aos seus filhos que os sonhos com a morte indicam em geral que algum aspecto da vida acabou, não significando realmente que alguém irá morrer literalmente. Em casos de divórcio é comum a criança sonhar com os pais mortos, é necessário fazer compreender aos filhos que os pais não vão morrer mas sim terminar a sua vida em conjunto.Se têm em casa uma criança angustiada com os sonhos, sugerem-se de seguida algumas estratégias simples que como pais/educadores podem utilizar:Tente criar um ambiente carinhoso, de aceitação e de não-julgamento em que a criança se sinta segura para falar. Os sonhos não são bons/maus ou certos/errados, por isso nunca diga a uma criança que ela é má por causa dos seus sonhos. Não se zangue. Não os trivialize pois, são um importante meio de comunicação. Ouça o que a criança diz e faça abertamente perguntas que lhe permitam contar a história à sua maneira. Encoraje-a a explorar o sonho. Por exemplo: “Como é que te sentias no sonho?”, “Encontras-te alguém que te ajudasse?” ou “Qual foi a melhor/pior parte do teu sonho?” Ao ouvir, está a mostrar à criança que dá valor ao que ela tem a dizer, aumentando a auto-estima da criança e a confiança em si.Deve deixar a criança expressar os seus sentimentos sobre o sonho e a sua história no seu próprio ritmo. Não force a criança a falar. Lembre-se que não é Psicólogo/ Terapeuta, mas sim um adulto que está a dar apoio num ambiente não-clínico. É importante também que respeite a confidencialidade que a criança deposita em si. A criança precisa de se sentir respeitada. Se ela decidir falar consigo sobre os seus sonhos, óptimo, mas não abuse dessa confiança, ao falar a outras pessoas desse assunto sem primeiro ter o seu acordo.Ajude a criança a estabelecer ligações com acontecimentos da vida real. Se tiver um sonho que a perturbe, ajude-a carinhosamente a descobrir com o que se relaciona. Ao trabalharem os sonhos, as crianças podem tornar-se muito mais conscientes de todas as pressões psicológicas a que estão sujeitas. É necessário ter ainda em atenção que algumas crianças acreditam que, se falarem nos sonhos, eles acabam por se realizar, outras acreditam que, se caírem em sonho e se atingirem o fundo da sua queda, nunca mais acordam. Tanto adultos como crianças têm alguns mitos. Ajude as crianças a compreenderem o que são os sonhos e a razão por que sonhamos. Terão assim muito menos medo.Se verificar que não consegue construir uma ponte entre a realidade e os sonhos dos seus filhos, consulte um especialista, não corra o risco dessa angústia extravasar para a vida real pois, é nessa altura que começam a surgir as reacções agressivas para os pais, a cólera para os professores, o desinteresse por tudo, o isolamento e a rejeição dos amigos. Muitas vezes… a depressão. Só quando o rendimento escolar e as notas começam a ser prejudicadas é que os pais normalmente começam a ficar preocupados. Estejam atentos, Não caiam nesse erro.
Os sonhos podem ser tão angustiantes que existem inclusive crianças que têm medo que o dia acabe, medo de dormir. Para estas crianças não há escapatória no sono, este medo vai manter-se até que o factor de ansiedade que sentem na vida real seja resolvido. Os sonhos de uma criança são como um barómetro do seu bem-estar emocional, comunicam o seu nível de stress e dão uma perspectiva do seu turbilhão inconsciente. As causas mais comuns dos sonhos em crianças passam pelo mau ambiente familiar, com a separação/divórcio dos pais, abuso sexual, doenças, sentimentos de isolamento, falta de apoio ou protecção, medo da mudança, medo dos pais, medo dos professores, dos exames/testes, morte, situações traumáticas, stress e ansiedade no geral.Quando recorrentes, transformam-se rapidamente em pesadelos e aumentam a ansiedade e o stress na vida da criança. A maior parte das crianças com quem trabalho, não falam acerca dos seus sonhos/pesadelos e quando finalmente alguém lhes pergunta porque julgam que tiveram aquele sonho, retiram com clareza surpreendente ilações (muito superiores às dos adultos que negam os seus problemas ou são cépticos quanto ao seu significado).
Os sonhos podem ser variados, de acordo com a imaginação de cada criança mas, normalmente reflectem o turbilhão emocional da sua vida em vigília. Podem sonhar com a morte dos pais por terem medo de ficar sozinhas, ou ter sonhos violentos com um dos pais em que a criança se vê impotente para ajudá-lo, decorrentes talvez de um divórcio. Especialmente em casos de divórcio dos pais, ocorrem frequentemente sonhos muito violentos em que a criança se vê a matar animais ou a assistir à morte de um dos pais. É comum também a criança sonhar que é perseguida ou apanhada numa armadilha, temas estes tipicamente associados ao sentimento de vulnerabilidade. Às vezes os sonhos reflectem o que a criança pensa que lhe fizeram, isto é, revelam a cólera disfarçada por causa da situação em que se encontra. Estes sonhos acabam por representar uma maneira segura da criança descarregar sentimentos de destruição, vingança ou rejeição, sem ser castigada ou sem arriscar mais perdas ou, de fazer algo que lhe foi categoricamente proibido como simplesmente chorar…Normalmente os sonhos perturbadores começam com pequenas situações assustadoras, como a criança a ser perseguida por uma minhoca gigante ou ficar sozinha o aumento de pressão em casa, por exemplo a desintegração do casamento dos pais. Os seus sonhos revelam muitas vezes a consciência intuitiva que muitas crianças possuem sobre acontecimentos que se dão no seio da família e que os pais teimam em não revelar pensando estar a proteger a criança (quando possivelmente a estarão a traumatizar).Os sonhos mais perturbadores e angustiantes são normalmente aqueles que envolvem a morte. Explique aos seus filhos que os sonhos com a morte indicam em geral que algum aspecto da vida acabou, não significando realmente que alguém irá morrer literalmente. Em casos de divórcio é comum a criança sonhar com os pais mortos, é necessário fazer compreender aos filhos que os pais não vão morrer mas sim terminar a sua vida em conjunto.Se têm em casa uma criança angustiada com os sonhos, sugerem-se de seguida algumas estratégias simples que como pais/educadores podem utilizar:Tente criar um ambiente carinhoso, de aceitação e de não-julgamento em que a criança se sinta segura para falar. Os sonhos não são bons/maus ou certos/errados, por isso nunca diga a uma criança que ela é má por causa dos seus sonhos. Não se zangue. Não os trivialize pois, são um importante meio de comunicação. Ouça o que a criança diz e faça abertamente perguntas que lhe permitam contar a história à sua maneira. Encoraje-a a explorar o sonho. Por exemplo: “Como é que te sentias no sonho?”, “Encontras-te alguém que te ajudasse?” ou “Qual foi a melhor/pior parte do teu sonho?” Ao ouvir, está a mostrar à criança que dá valor ao que ela tem a dizer, aumentando a auto-estima da criança e a confiança em si.Deve deixar a criança expressar os seus sentimentos sobre o sonho e a sua história no seu próprio ritmo. Não force a criança a falar. Lembre-se que não é Psicólogo/ Terapeuta, mas sim um adulto que está a dar apoio num ambiente não-clínico. É importante também que respeite a confidencialidade que a criança deposita em si. A criança precisa de se sentir respeitada. Se ela decidir falar consigo sobre os seus sonhos, óptimo, mas não abuse dessa confiança, ao falar a outras pessoas desse assunto sem primeiro ter o seu acordo.Ajude a criança a estabelecer ligações com acontecimentos da vida real. Se tiver um sonho que a perturbe, ajude-a carinhosamente a descobrir com o que se relaciona. Ao trabalharem os sonhos, as crianças podem tornar-se muito mais conscientes de todas as pressões psicológicas a que estão sujeitas. É necessário ter ainda em atenção que algumas crianças acreditam que, se falarem nos sonhos, eles acabam por se realizar, outras acreditam que, se caírem em sonho e se atingirem o fundo da sua queda, nunca mais acordam. Tanto adultos como crianças têm alguns mitos. Ajude as crianças a compreenderem o que são os sonhos e a razão por que sonhamos. Terão assim muito menos medo.Se verificar que não consegue construir uma ponte entre a realidade e os sonhos dos seus filhos, consulte um especialista, não corra o risco dessa angústia extravasar para a vida real pois, é nessa altura que começam a surgir as reacções agressivas para os pais, a cólera para os professores, o desinteresse por tudo, o isolamento e a rejeição dos amigos. Muitas vezes… a depressão. Só quando o rendimento escolar e as notas começam a ser prejudicadas é que os pais normalmente começam a ficar preocupados. Estejam atentos, Não caiam nesse erro.
Fonte: http://www.medicosdeportugal.iol.pt, Gabinete de Psicologia e Recursos Humanos
Dra. Lara R. Alves, Psicóloga Clínic
Sem comentários:
Enviar um comentário